(...) encontros poéticos,
Lírica e devaneios,
Abraços, respeito e afetos.
Risos extravagantes,
Palavras que se Repetem,
Momentos, músicas e gestos.
Há quem diga que amar...
É um mar premeditado.
Amar é lirismo, é convívio,
É viver saciavelmente insaciável...
Quero-te ao meu
lado em risos alheios
E nos enleios de
uma ode inusitada.
Quero que tua
pele
Ao toque da minha
se eletrize
Por mãos
devaneadas.
Quero-te ao som
ofegante no ouvido
Do nosso canto
lírico
Suave e Sussurrante...
Quero teus lábios
quentes,
De paixão ardente
em nossa alma,
Toques sutis e
apertos de sede ao pote.
Quero-te tão
impregnada no meu ser,
Ao ponto de ter
loucura e fantasia;
É teu beijo, é
teu calor, é teu amor,
Que me faz
delirar em poesia!
O meu ser verte num querer tão sutil,
Que me sinto atado pela força
Humana, dual, inconstante,
Quem sabe um trovador errante...
O quanto preciso de Ti, Oh Deus!
E pensamentos se fagocitam
Na minha mente plástica,
Fantástica, Emblemática, sensível;
Paro e vejo a zuada do silêncio...
O tempo é fugaz e moroso!
Platônico amor que me enreda
Durante o tempo que já é fugaz.
Querer é perigo que não espera
Viver é martírio que o tempo faz
Platônico amor que não se cansa
Durante a vida que me seduz
Esperança tola que me amansa
Razão, por aonde me conduz?
Ah, platônico amor que me instiga,
O que sinto é desejo sem céu,
Briga carnal que tanto me intriga
Pedaço de ser ali no copo de fel
Amor platônico, deixe-me em paz!
Pare de me seduzir com estultícia...
Vês meu coração no jazigo que jaz
Fel, carne, dor no prato de malícia.
Platônico amor, não sabes, seu idiota,
Dos risos que me fazem bem?
Diga-me, ainda há poeta que chora,
Ou poeta que venera a dor que tem?
Dói – pensar que tudo pode ser tão efêmero
Quando se quer que saudade e medo
Se sabotem em desejo.
Então, lavo minha alma tão desatinada
Sinto que encarecidamente
Está enlutada.
(risos)
Ironicamente,
Meus devaneios são vinho
Que se embriagam bulinando na mente.
E assim,
Meu sangue não se arrefece
Mas padece um pedaço de ser em mim.
(silêncio)
Dói - Querer te ter na alma
A lua pendurada no céu
Alva.
A lua no céu calma,
Lu-a-no-céu-tu-a
Alma.
Eu "te amo" porque não é um dever,
É um direito meu; amar-te, querer-te!
Tão meu que duvido até se é amor.
Duvido de mim, do contexto, da vida!
Penso: há quem diga: definir o amor!
“Te amo” ?! Porque não é paradigma.
O meu “te amo” é comportamento,
É razão, é querer-te e expectativa.
Esse tal “te amo” é ternura e tempestade,
De perto calmaria; de longe ventania,
Ainda que não ecoe tanto: “te amo”...
Do quanto sinto, vivo e morro de saudade.
Beijo-te e não me canso em dizer-te
O quanto provo da tua boca genuína
Enquanto acelera meu pedaço carnal
Coração que em pecado
se santifica.
E tanto que gosto de teus lábios, mel,
Tiro teu sabor vitalizador, tão vital
Que do céu brotou promessas, sonhos
E na terra, meu desejo é angelical.
E dentro de mim, nasce tímida e escondida
Nossa poética tão comum a dois, centrífuga,
Sem pressa, sem destino certo e momentos
São músicas sutis que mexem sem querer,
Quem sabe beijos, quem sabe sentimentos
Como risos de nós, ao outro, querer dever.
Tédio, ódio, ode.
Amar tornou-se noite.
Paixão é anti-herói da corte.
E assim, me vou entediando!
Penso, faço, riu.
Sonhar tornou-se frio.
Abraços é encontro de rios.
Lá se vai embora meu tediozinho!
Vejo, foi-se, ficou.
O tempo pretérito passou.
Passou a rima chata também.
E a estrutura mental de versos!
Então, não sei mais.
Só sei que ficou essa coisa estranha.
Pensares sobre outros eus, falaciosos...
O Caos!
Do pote brotou o mel; meu desejo
Feriu na pele da minha memória.
Asas de gaivota, vítimas dum crime,
Façanha insana, desconheço-me!
Aliás, sou conhecedor, imaturo,
De tanto perscrutar-me, desaprendo,
O tanto de mim, penso, é tão pouco
Fiz asas de gaivota coladas com mel.
E no alçar do voo, vi o sol maduro,
O mel desprovido de aderência derretia
No meu voo, liberdade era frustação
E frustação tornava-se poesia.
Assim, caí em mim, asas despenadas.
Um tombo! E caído, me vi nostálgico
E rindo de quanto sou tolo, vejo-me
O tanto de mito que me enfado!
Vejo! Longe e tímida
Uma nuvem tão cinzenta
Que propaguei dentro de mim
A tempestade hipotética.
Não era pra chover daquele jeito.
Era para serem chuviscos e frescor.
E água divina, purificando-nos,
Corpos embanhados por amor.
Mas, um repentino dilúvio
Armado, nuvens densas
Se aliteravam paulatinamente:
Caóticas, dramáticas e dantescas.
O silêncio delas me ensurdecia,
Fitando-as, e quem me olhava,
Continuamente, desprezo e dor,
Eu de resto em carne viva!
Agora, meu ser se reinventa.
Readmite-se com a razão,
E se cura pela dor e com
Meus devaneios; apenas inspiração.
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