sexta-feira, 21 de outubro de 2011 2 comentários
Num vazio introspectivo dentro de mim
A voz que brama vem da minha dor,
E calado olho e penso o quanto me reinventei,
O quanto me custou para haver o que nunca tive.
E quando me desencanto canto para mim
Melodias de incertezas e friezas ironicamente
Um faz de conta num teatro mágico.
Eu, na platéia de mim, via palco vazio
Era o luto das escolhas que fiz.
E via simulacros errantes
Como dogmas, seduzindo-me!
Via um foco de luz circunscrito fora mim
Eu na platéia ria das loucuras que fiz.
Era eu. No palco de mim, reinventando-me.
Eu era o inicio sem fim, mesmo em decomposição
Do meu ser que agora se refaz inconstante.
Eu no palco de mim num teatro insólito,
Só um foco de luz: era eu reiventando-me!
quarta-feira, 19 de outubro de 2011 0 comentários
Descamou-se da minha pele
Seu cheiro
Caiu no chão frio fragmentação
De desejos.
Espalhou-se ao ventilar impregnando
O lugar
Seu cheiro, os desejos e o Tejo
na memória.
O desencanto de nos éramos
Numa ode!
Um triste fim esteticamente
Encantado.
Minha pele se desbota numa
Cor Ardida
Dolorida vida enquanto
Renasço.
E no chão frio eu  olhando:
Resquícios
Entôo um canto montando
Meu enredo.
terça-feira, 18 de outubro de 2011 0 comentários

Medo
















Passa-te de mim este cálice
Cálice este que não me contento,
Este calar sôfrego,
Um padecer calado,
Mas atônito com estas vozes,
Simulacros de incertezas
Perigo do proibido,
Perigo este que confronta a razão,
Razão esta que não se fagocita por um simples desejo,
Mas permanece o cálice de mim, intraquilo, introspectivo,
Ah... Vida! Nos enreda em destinos desconhecidos
O que será de nós daqui a alguns instantes?
sexta-feira, 14 de outubro de 2011 0 comentários

Livres

Pesa-me a indumentária melancólica
influenciada pelos poetas românticos.
A minha evasão é outra,
Não o prazer pelo perdido perene,
Idealizando-o em outra dimensão.
A minha evasão é a invasão no meu mundo introspectivo
de definir meus sentimentos, transformando em novos rumos!
 
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