sexta-feira, 27 de janeiro de 2012 0 comentários

Enredo


Tédio, ódio, ode.
Amar tornou-se noite.
Paixão é anti-herói da corte.
E assim, me vou entediando!

Penso, faço, riu.
Sonhar tornou-se frio.
Abraços é encontro de rios.
Lá se vai embora meu tediozinho!

Vejo, foi-se, ficou.
O tempo pretérito passou.
Passou a rima chata também.
E a estrutura mental de versos!

Então, não sei mais.
Só sei que ficou essa coisa estranha.
Pensares sobre outros eus, falaciosos...
O Caos!
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012 3 comentários

Façanhas por um Mito!



Do pote brotou o mel; meu desejo
Feriu na pele da minha memória.
Asas de gaivota, vítimas dum crime,
Façanha insana, desconheço-me!

Aliás, sou conhecedor, imaturo,
De tanto perscrutar-me, desaprendo,
O tanto de mim, penso, é tão pouco 
Fiz asas de gaivota coladas com mel.

E no alçar do voo, vi o sol maduro,
O mel desprovido de aderência derretia
No meu voo, liberdade era frustação
E frustação tornava-se poesia.

Assim, caí em mim, asas despenadas.
Um tombo! E caído, me vi nostálgico
E rindo de quanto sou tolo, vejo-me
O tanto de mito que me enfado!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012 0 comentários

Abstração


Vejo! Longe e tímida
Uma nuvem tão cinzenta
Que propaguei dentro de mim
A tempestade hipotética.

Não era pra chover daquele jeito.
Era para serem chuviscos e frescor.
E água divina, purificando-nos,
Corpos embanhados por amor.

Mas, um repentino dilúvio
Armado, nuvens densas
Se aliteravam paulatinamente:
Caóticas, dramáticas e dantescas.

O silêncio delas me ensurdecia,
Fitando-as, e quem me olhava,
Continuamente, desprezo e dor,
Eu de resto em carne viva!

Agora, meu ser se reinventa.
Readmite-se com a razão,
E se cura pela dor e com
Meus devaneios; apenas inspiração.
 
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