quinta-feira, 25 de abril de 2013

A ZUADA


Ouço no labirinto,
No início do beco
Da minha mente,
Aquilo que grita
Na minha consciência;
Várias vozes orquestrando
Meus pontos de vista
E meu maestro, Silêncio,
Me ensinando a ouvir
Para não falar
Desnecessariamente
Apenas na hora certa: A Poesia!

4 comentários:

Anônimo disse...

É somente quando a mente está quieta que você vê claramente.

(...)

Uanderson de Matos disse...

A mente quieta muitas vezes traz um cômodo. Gosto dessa zuada polifônica no processo de criação poética!

Anônimo disse...

Lógico... comentário infeliz este que postei! rsrs
A mente quieta, só funciona para os seres humanos que não foram contemplados com o dom poético...
Distinto de nós (pífios seres insensíveis no campo da poesia), o poeta tem um olhar diferenciado sobre tudo aquilo o que o cerca, na medida em que é alimentado por uma sensibilidade única, além, é claro, de ser um fingidor incomparável na área emocional.Por isso tudo que expressa ecoa na eternidade!
A Autopsicografia de Fernado Pessoa deixa muito explícita essa capacidade.

Parabéns!

Uanderson de Matos disse...

"O poeta é um fingidor,
Finge tão completamente,
que chega fingir o que é dor
a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

O dom da poesia não está com os sensíveis, nem com os poetas, tampouco com os "normais". O dom da poesia é como um pássaro que pousa em lugares que sejam ou não seguros, deixando rastros - esboços - na mente, no coração das pessoas e depois voa... deixando o contemplador absorto; prova de que nunca teve esse pássaro para si, como um prisioneiro do poeta, mas o viu pousando, e voando e espera que o um dia retorne: hoje, amanhã ou por muito tempo... O pássaro não é do poeta, antes este é o lugar - a mente, o coração, que aquele pousa e deixa seus rastros.

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