sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Sentimento medieval, dantesco,
Seduz-me sinfonicamente em meus ouvidos,
Sons flamejantes, ai coração, minha dor,
Sinto a falta pretérita de ti,
Sofro ao lembrar, estou perdido?

Alimento, dor miserável, teu cálice.
Alitero-me em lembranças etéreas,
Acometo-me em prisões severas
A zuada que pulsa do meu sangue,
Aziaga estrela sem céu!

Umedece meus lábios, não!
Unifica, se puder, minha carne à tua,
Um momento apenas;
Universa-nos somente
Utopicamente em meus devaneios.

Desejo, eu e você,
Dama do meu medo:
Destino desenfreado
Desatina-me encabrestado,
Dor, estanca-me de uma só vez!

Ainda que me ame?
Ai, bem sei desse cântico!
Ainda pensa assim?
Ai de mim!
Ainda não roubou

De vez meu ser.
Deveras deixei o teu pedaço
Descalço no chão frio;
Dentro de mim apenas
Desilusões.

Espero, sim, sem ti!
Enquanto no término
Este chato e provável
Enleio me desperto
Em outra dimensão.















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