domingo, 11 de dezembro de 2011

Quando Cheguei em Jequié

De repente, me vi nesta cidade
Chamada Terra do só,
Cidade boa, carismática,
Onde de urubu tenho dó,
Lá bem longe, atrás das montanha
Engraçado que vi, bicho voa, se abana!
Vixe, que faço nessa terra, D. Filó!

Me assustei troçentas vezes
Das esquisitices daqui,
Faltou bujão onde eu tava,
Com fome não fiquei ali,
Impruvisemos um ovo frito
 Exposto, debaixo do Só vivo,
Na Frigideira, milagre o que vi!

Minha gente, nada ficou bão,
Despidi de Filó, chorou, tadinha,
Mas sair pro outro lugar,
Era tarde, domingo, pra ver mainha
Aprontei a jumentinha pra chegar lá
Prerguntei: Quem vai me alumiá?
Fui bem devagar, eu e a jumentinha!

E num é que a danada acustumada
Com o Só de rachá os pulmão,
Quem se deu mau, fui eu,
Fartou água, paciência, e palavrão,
Eu tão angustiado, que Só miserávi!
Vagarosamente na estrada que vi,
Num era Saara, mas deserto do Sertão!

Meu relato cumprido por demais
Ispía, é só primeira parte a contar.
A outra? Espere, tô criano,  
Se o Só quente me deixá pensar,
Falar do meu Sertão - Jequié,
Cidade do Só de bonitas muié,
Anésia Cauaçú, cangaçeira de lá!  

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