sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Num vazio introspectivo dentro de mim
A voz que brama vem da minha dor,
E calado olho e penso o quanto me reinventei,
O quanto me custou para haver o que nunca tive.
E quando me desencanto canto para mim
Melodias de incertezas e friezas ironicamente
Um faz de conta num teatro mágico.
Eu, na platéia de mim, via palco vazio
Era o luto das escolhas que fiz.
E via simulacros errantes
Como dogmas, seduzindo-me!
Via um foco de luz circunscrito fora mim
Eu na platéia ria das loucuras que fiz.
Era eu. No palco de mim, reinventando-me.
Eu era o inicio sem fim, mesmo em decomposição
Do meu ser que agora se refaz inconstante.
Eu no palco de mim num teatro insólito,
Só um foco de luz: era eu reiventando-me!

2 comentários:

Unknown disse...

Reinventar, renascer, renovar é parte da vida, inevitavelmente. Contudo, o poeta, o escritor vive a reinvenção mais dolorosa, vive o medo, vive a alegria, enfim, escreve e transporta para os vocábulos suas expressões e formas. A sua produção faz despertar o olhar para refletir mesmo: o que é o escritor e o poeta sem esse reinventar, heim? Você é isso tudo, mas descontruir opinião é talvez indagar que efeito produzir acerca da escritura, mas mesmo dizer: o poeta é o que é. Ponto. Vale destacar o que o faz poesiassoltasebemarranjadas.
Um pouco de nós, é isso. bj

Diário de Leitura Interanssantíssimo... disse...

REinventar, descontruir-se, enfim, a poesia nos permite isso. Acredito que o fazer poético transcende! Obrigado Jeane!Beijão!

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